Camisa 9 do Unidos do Campos Elíseos, Robert soma sete gols e será peça-chave na grande final contra o invicto Dic City.
Campinas, SP, 20 – Matéria escrita por Anthony Cunha
Com sete gols e a liderança ofensiva do Unidos do Campos Elíseos, o atacante Robert se tornou peça fundamental da campanha do Morro rumo à grande final da Série Ouro da Liga Campineira. O duelo decisivo será contra o invicto Dic City, mas o camisa 9 já tem lugar garantido entre os destaques do torneio — não apenas pelos números, mas pela história de vida, superação e identificação com o clube e com a comunidade.
“Vestir essa camisa linda, maravilhosa, e ainda ser artilheiro… É algo que eu sonhava desde moleque lá no Santa Eudoxia. O que tem funcionado pra mim é a união do elenco, a entrega, a raça. O Morro tem uma mescla de jovens e veteranos que se completam. Isso fez tudo acontecer.”
FINAL COM CARA DE DECISÃO
O confronto com o Dic City, que ainda não perdeu no campeonato, é tratado por Robert com respeito — e também como um teste de fogo para quem gosta de decidir. “Já joguei no Dic, conheço a diretoria e alguns atletas. Vai ser um jogo decidido em detalhes. A gente tem o melhor ataque, eles têm uma defesa muito sólida. Vão sobrar poucas chances. Quem for seríssimo na frente do gol, leva.”
DAS CINZAS À FINAL: A REAÇÃO APÓS O PARQUE
A eliminação para o Parque Brasília, depois revertida por decisão da Liga, mexeu com o elenco. E com o emocional de Robert. “Fiquei abalado, achando que tinha acabado. Mas quando veio a chance da volta, a gente se uniu. Tinha muita pressão, sim — até porque foi o Morro que correu atrás, que não se conformou. E conseguimos. Agora é a final mais importante dos últimos anos, antes do Municipal. A gente sabe disso. E estamos prontos.”
PESO DA HISTÓRIA NA CAMISA 9
Se engana quem pensa que a camisa 9 do Morro é apenas mais um número. Para Robert, é quase um legado. “Já passaram caras pesados: Nanão, Tom, entre outros. Eu vi o Nanão jogar quando era criança. Hoje sou eu usando essa 9. É muita responsabilidade, mas eu estou preparado. Recebo muitas dicas, escuto, foco nos treinos, e me concentro na semana da final como se fosse a última. Estou pronto mentalmente.”
DESTAQUES DA TEMPORADA
Robert ainda relembra, com orgulho, o gol mais bonito até agora: “Contra o Matina. Protegi, recebi do Robinho e bati cruzado. Lindo gol.” Mas deixa claro: o mais importante ainda está por vir. “Se Deus quiser, vai ser na final. E quem sabe saem dois gols pra eu buscar essa artilharia geral.”
SANTA EUDOXIA NO PEITO, O MORRO NA ALMA
Filho do Jardim Santa Eudoxia, Robert vê essa final como um ciclo se completando. “Sempre quis jogar no time da minha quebrada. Já tive chance antes, não fechei, e me frustrei. Mas esse ano eu agarrei. É uma dádiva de Deus. Uma oportunidade que poucos têm e que alguns não valorizam. Eu valorizo demais.”
DENTRO DE CAMPO, UM GUERREIRO
A entrevista fecha com um tom pessoal, quase íntimo. Robert dedica tudo à esposa. “Ela é minha fortaleza. Me levanta nas derrotas, me enche de orgulho nas vitórias. Sempre tá comigo, sempre torce. Essa final também é dela. Se a taça vier, vai ser por nós dois. Vai ser por tudo que passamos juntos.”