Os dois finalistas chegaram desacreditados, mas mostraram que superação, preparo tático e força coletiva fazem a diferença. E, ao fim do campeonato, foi o COFA quem levantou a taça.
Em uma manhã histórica na Arena Corintinha, o COFA Base venceu o Vila Boa Vista por 3 a 2 e conquistou, de forma inédita, o título da Liga Campineira Sub-20. O time da Zona Sul chegou a estar vencendo por 2 a 0, sofreu o empate ainda no segundo tempo, mas garantiu a taça com um gol salvador de Bryan, camisa 7, nos minutos finais.
A final inédita, disputada na manhã deste domingo (8), coroou uma campanha invicta do COFA — marcada por superações, personalidade e uma forte identidade coletiva.
DECISÃO ELETRIZANTE
O COFA começou a partida com autoridade. Após uma semifinal dominante diante do Parque Brasília, o time entrou confiante e conseguiu abrir 2 a 0 no placar ainda no primeiro tempo. O domínio, porém, não durou o jogo inteiro.
Inspirado, o Vila Boa Vista — que havia eliminado o Brahmeiros nos pênaltis na semifinal — reagiu com raça. A equipe buscou o empate na segunda etapa, trazendo emoção à grande decisão e colocando fogo no jogo.
Quando o duelo caminhava para os pênaltis, brilhou a estrela de Bryan, que já havia sido decisivo na semi. Em jogada pela direita, o camisa 7 apareceu como elemento surpresa, bateu firme e sacramentou o título para o COFA: 3 a 2.
O NOME DO TÍTULO
Aos 17 anos, Bryan vive uma temporada mágica. Além de ser um dos líderes do elenco em campo, também vem se destacando como técnico nas categorias de base — e agora tem mais um motivo para comemorar.
“Com 17 anos, disputando mais uma final de sub-20… é muito gratificante. Eu sou abençoado demais pra reclamar”, disse o atacante, que já havia deixado sua marca na semifinal contra o Parque Brasília e repetiu a dose no momento mais decisivo da campanha.
“Sabíamos da força do Boa Vista, mas também sabíamos do nosso potencial. Eles têm que se preocupar com a gente”, afirmou antes da final — e a previsão se concretizou.
HISTÓRIA DOS FINALISTAS
O título também coroa o trabalho de Rafael, técnico do COFA, que vem transformando a base do clube em referência na cidade.
“Não pretendo sair tão cedo. O COFA me acolheu e eu acolhi o COFA. Aqui é minha casa”, declarou antes da final.
Mais do que uma conquista em campo, o projeto desenvolvido por Rafael representa um processo contínuo de formação de atletas e cidadãos. O COFA, agora campeão, se firma como um celeiro de talentos e de histórias inspiradoras.
Apesar da derrota, o Vila Boa Vista sai de cabeça erguida. A campanha histórica, que culminou na primeira final sub-20 da equipe, mostrou a força do projeto liderado por Mestiço e uma geração que promete dar trabalho nos próximos anos.
“Estamos confiantes. Nosso elenco é muito bom, temos até condições de montar um time A e um time B. Infelizmente tivemos desfalques, mas os meninos se superaram. Que orgulho dessa molecada”, declarou o treinador antes do jogo.
O capitão Riquelmi também reconheceu a força do adversário, mas destacou o espírito da equipe: “O momento é de ansiedade, aquele frio na barriga de quem vai disputar algo grande. Sabíamos do desafio, mas viemos para jogar futebol bonito e fazer história.”
FIM DA LINHA
A final inédita foi construída com atuações surpreendentes nas semifinais. O COFA venceu o Parque Brasília por 3 a 0, enquanto o Vila Boa Vista eliminou o Brahmeiros — dono da melhor campanha — nos pênaltis, após empatar por 2 a 2 no tempo normal.
Os dois finalistas chegaram desacreditados, mas mostraram que superação, preparo tático e força coletiva fazem a diferença. E, ao fim do campeonato, foi o COFA quem levantou a taça.